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NEAB da Uniara lança cartilha de expressões antirracistas na Casa SP Afro Brasil

Publicado em: 27/11/2024

 O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - NEAB da Universidade de Araraquara – Uniara lançou a cartilha de expressões antirracistas durante as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra, na Casa SP Afro Brasil “Oswaldo da Silva – Bogé”. O evento, realizado no dia 20 de novembro, contou com a presença do coordenador do Núcleo, Edmundo Alves de Oliveira, do coordenador do curso de Direito da instituição e presidente da Academia Araraquarense de Letras, Fernando Passos, da coordenadora de Políticas Étnico-Raciais do município e membro da Academia Araraquarense de Letras, Alessandra de Cássia Laurindo, além de diversas autoridades.


“Ficamos muito felizes com o lançamento, durante as comemorações, que foi um momento de reflexão, onde fizemos a marcha, participamos do evento festivo, reflexivo e de luta, e apresentamos a cartilha. Foi um momento extremamente importante, que muito nos honra e nos deixa participantes de um momento histórico. Diante de toda a solenidade, a cartilha ganhou um capítulo e fomos parabenizados. Queremos que, a partir disso, ecoe para além deste dia e não fique como mais uma cartilha, mais uma boa vontade que se esvai e que se perca na internet ou em alguma biblioteca. A pretensão é ser, ou pelos menos, tentar ser bem mais que isso”, ressalta Oliveira.


Ele conta que “foi um processo longo e de amadurecimento da ideia”. “Veio de uma provocação feita pelo Fernando Passos para que pudéssemos pensar, já que a Academia Araraquarense de Letras trabalha com palavras, em alguma forma de instruir e de trazer a discussão e reflexão sobre as diversas forma de racismo. Uma delas é o racismo usado como posto em algumas palavras, mas é perceptível que a origem é racista e fizemos uma cartilha que levasse as pessoas a reflexão se aquelas palavras realmente deveriam ser utilizadas, uma vez que elas podem estar constrangendo e discriminando pessoas. Então, o NEAB da Uniara, que eu coordeno junto com a professora Eduarda, que é da área de comunicação, com a Publiara, por meio do Rodrigo e do Michel, e com a professora Mônica, que é educadora, desenvolvemos como deveria ser e qual o intuito desse material. Entre essas reuniões, entendemos que não seria mais só uma cartilha e sim um material didático pedagógico, e não apenas para as escolas, mas para condomínios, empresas, enfim, para o público em geral, para que todos possam ter acesso, seja online ou físico, e entendam sem precisar necessariamente assistir a palestra ou a uma aula sobre isso”, explica.


Oliveira afirma que “nossa cartilha foi pensada de um jeito para ser acessível e inteligível para todo mundo, para que todas as pessoas que tiverem acesso consigam refletir e se torne um agente da mudança”. “Agora estamos em busca de parceiros para que possamos espalhar o máximo possível essa cartilha e também parceiros que nos ajudem a publicá-la fisicamente. Então, todos os que estiverem interessados - empresas, órgãos públicos e organizações não-governamentais, estamos disponíveis para participar de reuniões, fazer nossas palestras e nossas reflexões junto a essas pessoas, e também receber o apoio para que a cartilha se torna ainda mais acessível. Basta nos procurar no NEAB. Em breve a cartilha estará no site da Uniara, do NEAB, da Academia e no site da prefeitura”, relata.


Para Passos, “a cartilha é algo que já estávamos devendo para a sociedade araraquarense e nós, a mais ou menos dois anos, começamos esse trabalho de conscientização”. “A Academia queria ter muita segurança de poder atestar que essas expressões tenham que ser excluídas do nosso vocabulário, porque elas tem uma carga psicológica muito profunda do racismo estrutural. Fizemos um trabalho muito grande com o Núcleo Afro de Araraquara por meio da Alessandra Laurindo e do NEAB da Uniara.

Foram dois anos de pesquisa e chegamos a uma cartilha excepcional. Queremos que ela chegue a todos. Nós temos que pegar pessoas de bem, que é a grande maioria da população brasileira, e mostrar para eles para que não usem mais essas expressões, porque elas são racistas e ofendem os nossos irmãos negros. Ela tem que ser uma cartilha viva, e nós temos que ir para as praças públicas para chamar as pessoas e dizer: leve para a sua casa, leia esta cartilha, evite essas expressões, não diga mais isso para não denegrir a imagem de alguém, não diga mais essas expressões porque elas ofendem e por quê vamos ofender nossos irmãos? Esperamos contribuir muito para que o racismo estrutural diminua e possamos chegar a um patamar de igualdade ideal”.


A chefe do Departamento de Ciências Humanas e Sociais – CHS da instituição, Eduarda Escila Lopes Monteiro, afirma que, “para o CHS, a participação na confecção da cartilha foi e é importante, porque versa sobre um tema atual e que temos que nos debruçar, temos que estudar e participar”. “O curso de Publicidade e Propaganda, do qual também sou coordenadora, participa por meio da Publiara, que é a agência-escola de publicidade e propaganda, em que os colaboradores Michel, Rodrigo e os estagiários que fizeram a diagramação e o design de todo o conceito contemporâneo da cartilha nesta junção com o NEAB e a Academia Araraquarense de Letras nos traz como referência para o lançamento da cartilha antirracismo que observamos ser necessário na sociedade contemporânea”, relata.


Já a coordenadora pedagógica do Núcleo de Ensino a Distância – EAD da universidade, Mônica Pereira Pilon, conta que “achei que o resultado ficou excelente, com um conteúdo que certamente contribuirá para a adoção de práticas antirracistas na nossa morada do sol”. “Estou muito feliz com o resultado e aproveito para parabenizar a todos os envolvidos neste trabalho”, completa.


“Foi muito bem-vindo uma cartilha com a cara de Araraquara. Eu particularmente me sinto realizada, pois era uma demanda muito antiga e nesta cartilha a gente pode traduzir para além das expressões que devam ser desconstruídas do vocabulário e que estão enraizadas e naturalizadas. Podemos pensar também em específico na legislação antirracista que temos em Araraquara, um trabalho de vinte anos em que a gente vem construindo este processo”, declara Alessandra.


Ela conta que, “para a comunidade de uma forma geral, foi um dia de feedback da cartilha e todo mundo já está pedindo: onde está a cartilha?”. “Porque a edição e o acesso ficaram maravilhosos, a praticidade com que se vê e lê as respostas. Foi um instrumento feito para a comunidade acessar e aprender. Ficou muito prática a cartilha, e este foi a consolidação de um trabalho de muitos anos, que repercutiu de forma bem positiva e podemos falar que a missão foi cumprida realmente, atingimos o nosso objetivo. A minha satisfação perante este trabalho coletivo é grande, conseguimos avançar muito quando trabalho juntos. Um agradecimento especial a Academia Araraquarense de Letras, ao NEAB da Uniara, por todo o esforço da equipe de comunicação da Uniara, que fizeram um trabalho fantástico de ilustração, que você vê e absorve bem. A cartilha é interativa com as ilustrações e ficou bem chamativa” finaliza.


Mais informações sobre o NEAB da Uniara estão disponíveis no endereço https://www.uniara.com.br/neab. Informações sobre os cursos da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.

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