Publicado em: 16/12/2020
O projeto “Centro de Convívio e Auxílio para Autistas – CECATEA” foi a proposta do Trabalho Final de Graduação – TFG da estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Araraquara – Uniara, Flávia Teodoro Martins, orientado pelo professor Milton Balestrini.
“O objetivo geral foi criar um espaço no qual as pessoas com espectro autista podem suprir suas reais necessidades nas áreas comportamental, da comunicação e imaginação, servindo como um suporte para o ensino regular para o desenvolvimento em um local mais adequado à integração das crianças com o espaço e a sociedade. Foi projetado como um local de recreação e integração social, onde os frequentadores podem desenvolver as atividades e a interação de forma mais adequada, mas que não substitua o ensino regular”, explica Flávia.
Um tratamento mais eficiente para esse grupo de pessoas, segundo a estudante, necessita de um espaço adequado “e que pense nas reais necessidades e singularidades do Transtorno do Espectro Autista – TEA”. “Esse projeto é um diferencial quando se trata do assunto”, afirma a aluna.
Balestrini comenta que o TFG de Flávia se destaca “pelas boas soluções espaciais e formais apresentadas, que se baseiam em um profundo estudo do TEA”. “Outro destaque foi a procura de soluções que possibilitam o atendimento de todas as faixas etárias, já que o TEA não é uma doença que tenha cura, mas sim um transtorno com o qual o seu portador e seus familiares aprendem a conviver”, esclarece.
Estima-se, de acordo com o orientador, que haja dois milhões de pessoas no Brasil com o TEA. “Esse número provavelmente é bem maior, devido ao desconhecimento do Transtorno por grande parte da população, sobretudo nas camadas de baixa renda e de menor acesso à informação e educação. Desde os casos mais leves até os mais severos, há uma enorme variedade de incidências do TEA que, no limite, chegam a oferecer grandes dificuldades para enquadramento dentro do espectro”, ressalta.
A existência do equipamento comunitário, como Balestrini chama o projeto de Flávia, “em muito poderia contribuir para a inserção do autista na sociedade, em atividades comunitárias e mesmo produtivas, como também na disseminação de informações”. “A autora do trabalho pesquisou o assunto por meio de acesso a bibliografia de qualidade, e também conversou com especialistas da saúde e da educação nos âmbitos municipal e estadual. Seu envolvimento foi intelectual e emocional também. Dotada de grande empatia, ela muitas vezes se colocou no lugar do autista e de sua família. A pesquisa forçosamente se estendeu a vários exemplos e fontes internacionais, devido ao fato de que o Brasil ainda não tem tradição no diagnóstico e tratamento do autismo”, finaliza o docente.
Informações sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.
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