Publicado em: 25/02/2019
Por consequência da ação dos seres humanos, as mudanças climáticas no planeta têm sido mais frequentes e extremas, de acordo com o professor do curso de Biologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Olavo Nardy, que explica que o fenômeno tem intensificado os efeitos do El Niño, “uma medida de variação de pressão atmosférica que existe na costa americana e na costa asiática, feita no Pacífico Sul”.
“De acordo com essa diferença, pode haver mudanças nas correntes aéreas, que mudam o clima praticamente de todo o mundo. Se há uma variação, na América, mais alta do que na Ásia, você tem o fenômeno El Niño e, se for o inverso, é o fenômeno La Niña. Os dois são mudanças naturais, que ocorrem na Terra em função de diferentes causas, entre elas, a distância do sol, o posicionamento da lua ao longo do período do ano etc, e todas essas mudanças gravitacionais maiores interferem no posicionamento da água do Oceano Pacífico”, explica o docente.
Ele esclarece que o El Niño e La Niña “não têm a ver diretamente com mudanças climáticas que, por sua vez, são alterações do clima global provocadas diretamente ou indiretamente pela ação do homem, o que implica na ampliação do El Niño e La Niña – antes eram mais cíclicos, e hoje temos extremos de ambos, além de um período muito longo sem os dois”.
“As variações de temperatura tendem a ser maiores a cada ano, quando temos o El Niño, e como ele gera bolsões de calor maiores e mais persistentes do que os eventos da La Niña, a chance de termos um ano mais quente é uma realidade”. “Além disso, a tendência já é ter a temperatura mais alta. Com o efeito El Niño, alguns bolsões aumentarão essa temperatura de forma mais intensa”, alerta.
Ainda como consequência da ação do ser humano, fenômenos de mudanças climáticas, segundo o docente, são o aumento de temperatura e alterações de intensidade de precipitação de chuva em alguns locais, “principalmente em zonas litorâneas, quando temos umidade e temperatura mais estáveis”. “Assim, percebemos se estão subindo com o tempo ou estabilizadas, mas o que temos percebido é que as temperaturas nesses locais têm aumentado de forma mais intensa e, nas zonas continentais, existe uma tendência mais frequente de períodos de umidade relativa menores que 30%”, comenta.
Nardy coloca que as alterações são provocadas pela mudança principalmente de gases de efeito estufa, “que alteram a permanência do calor dos raios solares na Terra”. “O efeito estufa é benéfico, pois a existência da atmosfera mantém o calor dos raios solares dentro dela. No entanto, se intensificamos esse poder de estufa, a temperatura aumenta, e a emissão de gases com grande potencial para gerar o efeito – gás carbônico e metano – tem sido maior”, reforça.
Para enfrentar o problema, é preciso reduzir essas emissões, segundo ele. “Se não tomarmos essa providência para estudarmos mais e termos maior conhecimento para fazermos alterações, estaremos cavando nossa própria cova. As mudanças climáticas são uma questão bem crítica porque envolvem políticas públicas, e muitas vezes o princípio da precaução não é levado em consideração. Penso que deveríamos adotar uma postura de menor consumo de combustíveis – quando possível, usar bicicleta ou andar a pé, consumir menos produtos que liberem, na decomposição, gases como metano”, finaliza.
Informações sobre o curso de Biologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.
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