Publicado em: 07/04/2016
Alunas do quarto ano do curso de Nutrição do Centro Universitário de Araraquara – Uniara desenvolveram recentemente diversas receitas indicadas a pessoas com doença celíaca, colesterol alto, ou problemas de intolerância à lactose. A atividade, supervisionada pelas professoras Patrícia Simone Meciano Barreto e Graziela Alves Zanotto Lopes, foi realizada na Cozinha Experimental, localizada na unidade I da instituição. As receitas estão disponíveis no link http://goo.gl/YM1oSX.
Colesterol
“É uma substância importante para a saúde, porque é a base para produção de hormônios sexuais. Auxilia na formação da membrana das células do corpo e de alguns outros hormônios, e serve como uma capa protetora para os nervos, além de ser necessário para a produção de bile e de vitamina D”, comentam as docentes, lembrando que o colesterol é sintetizado no fígado, seu principal local de armazenamento, células intestinais, e também em outros tecidos.
Patrícia e Graziela afirmam que o nível de colesterol é influenciado pela quantidade derivada da dieta e também pela de gorduras saturadas. “A alimentação desempenha um papel fundamental no controle de hipercolesterolemia – aumento da concentração de colesterol no sangue -, por isso é necessário ter uma alimentação saudável e equilibrada, controlando o consumo de alimentos fontes de colesterol, como leite integral e seus derivados, carnes vermelhas e gordurosas, peles de aves, bacon, banha de porco, embutidos como presunto, salsichas, linguiças, mortadelas, gema de ovo, vísceras e frutos do mar, cremes, sorvetes, queijos e manteigas”, ressaltam.
Doença celíaca
“Seus sintomas podem se confundir com outros distúrbios. Trata-se da intolerância permanente ao glúten, que geralmente se manifesta na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida, podendo, entretanto, surgir em qualquer idade, inclusive na adulta. O tratamento consiste em uma dieta totalmente isenta de glúten. Os portadores da doença não podem ingerir alimentos como pães, bolos, bolachas, macarrão, coxinhas, quibes, pizzas, cervejas, whiske, vodka etc, quando possuírem o glúten em sua composição ou processo de fabricação”, apontam Patrícia e Graziela.
O glúten, segundo elas, é a principal proteína presente no trigo, na aveia, no centeio, na cevada e no malte (sub-produto da cevada). “Os produtos que contêm malte, como xarope de malte ou extrato de malte, não devem ser consumidos pelos celíacos. O glúten não desaparece quando os alimentos são assados ou cozidos e, por isso, a dieta deve ser seguida à risca. Ele agride e danifica as vilosidades do intestino delgado e prejudica a absorção dos alimentos, causando diarreia crônica, emagrecimento, falta de apetite, vômitos e dores abdominais, entre outros problemas”, afirmam.
Sem lactose
“A lactose é o principal açúcar encontrado no leite e seus derivados e, para ser digerida, necessita da presença da enzima lactase. Um bebê normalmente apresenta grande quantidade da enzima no intestino para ajudá-lo na digestão do leite materno, mas ela é comumente reduzida após o desmame, o que pode dificultar a digestão da lactose com o avanço da idade”, explicam as docentes.
Elas lembram que a indústria tem criado cada vez mais produtos na versão zero lactose para que pessoas com baixa produção de enzima lactase possam usufruir dos benefícios dos produtos lácteos. “Nessa versão, o alimento se torna mais leve e de fácil digestão. Ao contrário do que se pensa, a lactose não é retirada do produto lácteo. Ela passa pelo processo de hidrólise, ou seja, a molécula desse açúcar é quebrada em duas outras menores, a glicose e a galactose, com a adição da enzima lactase. Com isso, os produtos zero lactose não perdem as características sensoriais e nutricionais que fazem do leite um alimento tão completo, e apresentam uma melhora de sua digestibilidade”, apontam as professoras.
“O diagnóstico de intolerância à lactose não necessita ser interpretado como uma restrição completa de consumo de lácteos. Com a inclusão de produtos zero lactose na dieta, é possível eliminar os sintomas de dores abdominais, inchaços, gases e diarreia que tanto incomodam os intolerantes”, finalizam Patrícia e Graziela.
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