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COMUNICADO IMPORTANTE

Informamos a todos que a Uniara estará em período de recesso a partir do dia 23/12/2024, retornando às atividades no dia 02/01/2025, às 13h00.

Nos dias 23, 26, 27 e 30 de dezembro, das 09h00 às 14h00, será disponibilizado um plantão na Central de Candidato para matrículas e inscrições para o vestibular.

Atenciosamente,

Uniara

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UNIARA

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10 atitudes para criar filhos mais felizes

Ana Maria Logatti Tositto*

Quem tem filho sabe: é quase impossível não se pegar olhando para essas criaturinhas - nas quais os pais ora se reconhecem, ora se estranham - e pensar: o que posso fazer para ajudá-las a desenvolver seu potencial, tornando-as pessoas interessantes, equilibradas, saudáveis física e emocionalmente, capazes de cuidar de si mesmas e tomar decisões, lidando da forma mais serena possível com as adversidades inevitáveis?

Quanto melhor informados e mais cientes da própria responsabilidade, mais nos preocupamos com nossas crianças. Dedicar-se a um ser humano nos anos fundamentais de sua formação e educá-lo, contribuindo ativamente para seu desenvolvimento, é um projeto complexo e trabalhoso - requer tempo, disponibilidade e investimento (econômico e psíquico). Dá um trabalho...

As pesquisas apontam a importância de algumas atitudes por parte dos pais na educação dos filhos. Foram relacionadas dez atitudes/competências que produzem bons resultados na educação deles em ordem de importância. Retiradas de artigos científicos, estão classificadas de acordo com a eficiência com que promovem fortes ligações entre pais e filhos e com o grau de felicidade, saúde e sucesso das crianças. As dez principais habilidades dos pais para criar filhos mais felizes e com maior capacidade de lidar com os problemas na infância e vida adulta são:

  1. Amor e carinho. É indispensável apoiar e aceitar os filhos, entendendo que são pessoas com ideias e gostos próprios, e respeitar essas diferenças, demonstrando afeto e usufruindo dos períodos passados juntos;
  2. Administração do estresse dos pais. Praticar técnicas de relaxamento e esportes e investir na própria psicoterapia favorece a capacidade de entender melhor o que sentimos e as chances de cuidar bem de crianças;
  3. Habilidades do relacionamento. Aqueles que mantêm uma relação saudável com o cônjuge ou com outras pessoas importantes em sua vida demonstram a importância de manter relações afetivas;
  4. Incentivo à autonomia e à independência. Apesar de ser difícil para alguns pais encontrar a medida certa, é fundamental tratar os filhos com respeito e estimulá-los a se tornar pessoas confiantes e com iniciativa;
  5. Acompanhar a aprendizagem. Ao valorizarem a curiosidade dos filhos e sua disposição para aprender, os pais lhes prestam um enorme benefício.
  6. Preparação para vida. É um ato de amor conversar com os pequenos sobre temas delicados como medos, sexo e morte em linguagem acessível, bem como prepará-los para assumir responsabilidades (a mesada, por exemplo, é uma forma de ensiná-los a lidar com dinheiro);
  7. Atenção ao comportamento. Reforçar positivamente as boas atitudes e recorrer ao castigo somente quando outros métodos, como conversas, já falharam mais de uma vez.
  8. Saúde. Bons pais propiciam um estilo de vida saudável e estimulam bons hábitos como exercícios regulares, higiene e alimentação adequada para seus filhos;
  9. Espiritualidade. Apoiar o desenvolvimento da religiosidade e a preservação da natureza, o respeito ao outro e às diferenças, evitando a disseminação de preconceitos e intolerância;
  10. Segurança. É fundamental o empenho constante para proteger os filhos de situações de risco e manter-se vigilante quanto a suas atividades e amizades.

Educar uma criança nos mobiliza como pessoas (nossas dificuldades, nossos sentimentos, a autoestima, a vida que estamos vivendo...). Ou seja: as crianças tanto nos encantam quanto nos tiram do sério. Mas na verdade não são os pequenos que o fazem: nossos próprios anjos e demônios acordam a criança que um dia fomos. Afinal, para ocupar a função de pai ou mãe é preciso antes aceitar o espaço de filho para depois renunciar a ele, passando do lugar de quem é cuidado para o de quem cuida.

E se não fosse suficientemente complexo esse processo, a ciência vem comprovar o óbvio: não basta amar, é preciso dizer, expressar, tocar - inventar jeitos de transmitir afeto mesmo quando não se teve essa experiência na própria infância. Para educar bem é preciso buscar ser uma pessoa “equilibrada, capaz de tomar boas decisões e de lidar com as adversidades”... Fácil? Bem que o poeta Vinícius de Moraes avisou: “Filhos, filhos, melhor não tê-los. Mas se não os temos, como sabê-lo”.

*Professora mestre, coordenadora do Centro de Psicologia Aplicada - CPA e psicóloga do Centro de Orientação Profissional - COP do Centro Universitário de Araraquara - Uniara.

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