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NUPEDOR da Uniara promove curso de capacitação para educadores das escolas do campo

Publicado em: 20/02/2020

O Núcleo de Pesquisa e Documentação Rural – NUPEDOR, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente – PPG-DTMA da Universidade de Araraquara – Uniara, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, promove o “Curso de capacitação para educadores das escolas do campo” nos dias 27 e 28 de fevereiro, a partir das 9h, no Salão Nobre da unidade I da instituição (dia 27) e no bairro Vale Verde (dia 28, no período da manhã).

“A atividade visa a dar continuidade a uma capacitação que fizemos há dois anos. Procuraremos ter proximidade com o modelo pedagógico - o tipo de educação que é dado nessas escolas, que está muito relacionado com nossas pesquisas e nossos estudos, voltados a assentamentos rurais”, explica a coordenadora do NUPEDOR e do PPG, Vera Lúcia Silveira Botta Ferrante.

Para isso, “nós nos perguntamos ‘O que o professor da escola do campo deve ensinar? São conteúdos que aproximam o aluno da identidade campestre? Ser do campo tem muita diferença em relação a ser da cidade? Até que ponto o rural e o urbano não devem ser tratados com certa unidade?’”. “Pensando nisso, nosso grupo aceitou novamente o convite da Secretaria de Educação para o curso, priorizando questões de agroecologia e o não uso de agrotóxicos”, completa a docente.

O curso será ministrado para professores e merendeiros, de acordo com Vera. “Assim, procuramos eleger temas, em um primeiro momento, que abranjam a importância de se produzir alimentos sem agrotóxicos e de uma alimentação saudável. Como esses princípios se ‘casam’ com os da agroecologia e têm a ver com os projetos que desenvolvemos, procuraremos disseminar mais os princípios da transição agroecológica entre os produtores dos assentamentos”, diz.

A capacitação deve ser a expressão de uma educação continuada, na opinião da coordenadora. “É preciso que seja uma atividade constante de acompanhamento dos problemas enfrentados. Será que o material pedagógico usado nessas escolas é o mais adequado? Será que o preconceito que os assentados enfrentaram muitas vezes, por serem do campo, significava, erroneamente, terem um certo atraso? Será que isso foi superado? Como trabalhar essa identidade de maneira não totalmente segmentada da realidade urbana, mas ao mesmo tempo preservando o que é específico do modo de vida rural nos assentamentos”, indaga Vera.

Como exemplo, ela menciona a importância da merenda que pode utilizar a produção dos assentados, “ou seja, uma merenda sem agrotóxicos”. “Nesse sentido, convidamos alguns membros do grupo e também o professor Guilherme Rossi Gorni, do nosso mestrado. Trabalhamos algumas questões em conjunto para discutirmos agroecologia, além de agrotóxicos com a professora Maria Lúcia Ribeiro, e a questão de como por em prática esses princípios em uma horta, por exemplo, estimulando as escolas do campo a terem uma. É uma prática da qual alunos, professores e a própria comunidade deveriam estar mais próximos, talvez, para transformarem, de fato, a alimentação em um processo mais saudável e livre de contaminação”, comenta.

A pesquisadora do NUPEDOR, Gislaine Cristina Pavini, que coordena as atividades de educação do grupo e é uma das organizadoras do curso, conta que participarão do curso professores de escolas municipais dos assentamentos de Bueno de Andrada, Monte Alegre e Bela Vista. “A atividade será dividida em quatro momentos: no dia 27, a professora Vera fará a abertura e explanará sobre o sentido da capacitação e da educação continuada, ou seja, existe a necessidade de o professor estar sempre se atualizando para crescer. Em seguida, a professora Maria Lúcia trabalhará a questão dos agrotóxicos, ou seja, problemas decorrentes no ambiente”, detalha.

Gislaine menciona que a temática foi solicitada pelos próprios professores das escolas do campo. “A ideia deles seria colocar a agroecologia e o uso do agrotóxico dentro da questão educacional para que as crianças levem essas informações para as famílias, que geralmente têm produção, para que consigam desenvolver essa ideia agroecológica em suas casas. É uma demanda dos professores, que percebem que os alunos têm esse envolvimento e podem disseminar isso”, destaca.

Ainda no dia 27, “o professor José Maria Gusman Ferraz também abordará o uso de agrotóxicos e problemas que serão gerados devido a esse uso”. “No período da tarde, ele realizará uma atividade prática juntamente com o mestre do PPG-DTMA, Joviro Adalberto Junior e, concluindo o primeiro dia, os professores Antonio Wagner Pereira Lopes e Cesar Augusto Feliciano farão um relato de experiência, pois trabalham com uma horta orgânica em uma escola pública”, explica a pesquisadora.

A demanda dos professores, segundo ela, é terem uma horta nas escolas do campo, “porém, para isso, não adianta somente fazê-las, pois é necessária uma manutenção contínua, então, a ideia será mostrar como conseguir isso, com pessoas para irrigarem, cuidarem, retirarem as plantas espontâneas etc”.

Na manhã do dia 28, será realizada uma atividade prática por meio de uma visita à horta comunitária do bairro Vale Verde. “Vamos conhecer as possibilidades que temos. Os responsáveis por essa horta têm a preocupação agroecológica na manutenção. No período da tarde, o professor Manoel Baltasar Baptista da Costa falará sobre a questão da agroecologia, na teoria. Ele é um dos grandes conhecedores sobre o assunto no Brasil e, para concluir o curso, farei algumas atividades para pensarmos a teoria de todo o conteúdo, com a prática dos alunos”, finaliza Gislaine.

Informações sobre o NUPEDOR da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br/nupedor, pelo telefone (16) 3301-7126, pelo WhatsApp (16) 99708-8423 ou pelo e-mail dtmeioambiente@uniara.com.br.



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